terça-feira, 15 de setembro de 2009


Sonhos haviam

Mas foram desfeitos



Como aquela cama

Agora desfeita e vazia...



Luzes sempre se acendem

Umas iluminam

Outras por vezes cegam



É a rotina...

Célere

Célebre

O tempo



E o anonimato...

Raios que ofuscam

Homens desconhecidos

Mulheres pintadas

Umas putas outras beatas...



E o tempo vai passando

Os sonhos morrendo na apatia

Lençóis queimados



Eras tu quem mentia...

Restou a saudade

Uma realidade desconfortável

Porém acolhedora...

..... amor impossível....hum....


Não existe amor impossível, apenas pessoas incapazes de lutar por aquilo que se chama AMOR

Fecha os olhos…

Fecha os olhos…
Deflagram chamas do teu corpo
E surge o verbo, aceso
Em cataclismos rápidos

Na cegueira da verdade.
Abre as mãos…
Entrega-te sem adjectivos inúteis
Nem ambições exageradas
Ao poema que voou
Qual gaivota sem ninho.

Aceita…

Nenhuma palavra te pertence
E o espelho parte-se com a facilidade
Da morte que também te chega
E só te ressuscitam os versos…

Procuro-me (te)

Procuro-me, nesta ausência de mim,distante do olhar da palavra,na inutilidade das horas que teimam em passar devagar, silenciosas, talvez já mortas(como eu…).
Reconheço a alma escondidaatrás do véu da loucura e, sem vislumbrar teu rosto,reconheço os traços e o toque dos teus lábios.
Procuro-me em ti E escolho morrer nesse beijo (que quero, desejo).
Busco as palavras certas Que s’ocultam e estendem entre vogais sem nexo,e espero que me encontres aqui…Onde já me perdi!